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O governo brasileiro na última quarta-feira (7) se pronunciou sobre a complexa situação envolvendo a saída dos refugiados venezuelanos da embaixada da Argentina em Caracas. Desde março, esses opositores do regime de NicolĂĄs Maduro estavam abrigados na embaixada, aguardando uma solução diplomĂĄtica que lhes garantisse salvo-conduto. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil atualizou sua única declaração oficial, confirmando que suas tentativas de negociação com a Venezuela não foram bem-sucedidas.
A situação ganhou um novo capítulo quando o secretĂĄrio de Estado dos Estados Unidos, Marco Rúbio, anunciou que os cinco membros da equipe da líder oposicionista Maria Corina Machado haviam sido resgatados e estavam em solo norte-americano. Essa ação inesperada surpreendeu o governo brasileiro, que desde abril do ano passado vinha tentando, em alto nível, negociar a concessão dos salvo-condutos necessĂĄrios. O Brasil, inclusive, havia oferecido transporte aéreo para os asilados, mas a operação acabou sendo realizada pelos Estados Unidos, evidenciando uma reviravolta no cenĂĄrio diplomĂĄtico.
Com a retirada dos refugiados sem o envolvimento direto do Brasil, surgem questionamentos sobre a eficĂĄcia das negociações diplomĂĄticas brasileiras e a coordenação internacional em situações de asilo político. O governo brasileiro agora busca mais informações sobre a operação conduzida por Marco Rúbio, tentando entender os detalhes e as circunstâncias que levaram à ação norte-americana. Essa situação levanta preocupações sobre a capacidade do Brasil de influenciar e participar ativamente em questões internacionais de asilo.