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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem intensificado suas ações para pressionar o governo federal a acelerar a reforma agrĂĄria no Brasil. Após um encontro significativo entre o presidente Lula e o MST em março, no assentamento de Campo do Meio, em Minas Gerais, o movimento expressou sua insatisfação com o ritmo atual das ações governamentais. MĂĄrcio Santos, um dos dirigentes do MST, destacou a urgĂȘncia em assentar 120 mil famílias que atualmente vivem em acampamentos, enfatizando a necessidade de maior celeridade nas negociações com o governo. "Não estamos contentes com a velocidade da reforma agrĂĄria em nosso país. Precisamos acelerar. Frisamos a todo momento", declarou MĂĄrcio Santos.
Durante a quinta-feira nacional da reforma agrĂĄria, realizada no Parque da Ăgua Branca, em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento AgrĂĄrio, Paulo Teixeira, foi diretamente cobrado pelo MST. Em resposta, Teixeira garantiu que o governo estĂĄ fazendo avanços significativos, com 15 mil escrituras jĂĄ concedidas até abril e a promessa de alcançar 30 mil até o final do ano, o que representaria um recorde histórico no país. Segundo o ministro, o governo Lula tem investido fortemente na reforma agrĂĄria, com a recriação do Ministério do Desenvolvimento AgrĂĄrio (MDA) e a vinculação de órgãos como o Incra e a Conab, além de destinar 1 bilhão de reais para a reforma agrĂĄria e quase o mesmo valor para o programa de aquisição de alimentos.
Além disso, Paulo Teixeira criticou o modelo atual de distribuição de emendas no Congresso, que, segundo ele, esvazia o poder executivo e suas políticas públicas. Ele destacou que essa prĂĄtica compromete a eficĂĄcia das ações governamentais, especialmente em ĂĄreas prioritĂĄrias como a reforma agrĂĄria. O ministro também anunciou planos para cumprir uma agenda ao lado do presidente Lula em novos assentamentos do MST em 2025, reforçando o compromisso do governo com a reforma agrĂĄria e a melhoria das condições de vida no campo.